O Santos apresentou, nesta quarta-feira, seu novo técnico: Cléber Xavier. O gaúcho de Alegrete chega com a missão de recuperar o time de Vila Belmiro, que teve um início muito abaixo do esperado no Campeonato Brasileiro. Até agora, o Santos somou apenas quatro pontos dos dezoito disputados.
Cléber Xavier construiu uma longa e vitoriosa carreira como auxiliar técnico, especialmente ao lado de Tite, com quem trabalhou por mais de duas décadas. Recentemente, decidiu iniciar sua trajetória como treinador principal.
Ele traz consigo a antiga comissão técnica de Tite e da Seleção Brasileira que disputou a última Copa do Mundo. A equipe de apoio será composta por Matheus Bachi (filho de Tite, auxiliar), Vinícius Marques (também auxiliar) e o preparador físico Fábio Mahseredjian. Soma-se a eles César Sampaio, que já faz parte da comissão física do Santos.

Para sua primeira experiência como técnico profissional, Cléber assinou contrato até dezembro de 2024. Entre as metas previstas, está a renovação automática do vínculo em caso de classificação para a Libertadores de 2026.
Cléber Xavier já comandou o time nesta terça-feira, em treino no CT Rei Pelé, e estará no banco de reservas na quinta-feira, contra o CRB, pela terceira fase da Copa do Brasil, na Vila Belmiro.
A contratação do novo técnico foi oficializada no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF na tarde desta quarta-feira, o que garante sua estreia no jogo contra o CRB, marcado para às 18h, na Vila Belmiro.
Sistema Defensivo
Um dos principais desafios do novo comandante será melhorar o sistema defensivo do Peixe. Em seis partidas no Campeonato Brasileiro, o Santos sofreu gols em cinco delas. A única exceção foi na importante vitória sobre o Atlético-MG, na Vila Belmiro, pela quarta rodada.
Departamento Médico
Cléber Xavier chega ao clube com o time desfalcado de alguns de seus principais jogadores, que estão fora por lesões musculares. O departamento médico do Santos ficou lotado nos últimos dias, o que pode abrir espaço para maior utilização dos atletas das categorias de base.
Soteldo, Gabriel Bontempo, Barreal, Thaciano e a principal estrela da equipe, Neymar, se machucaram recentemente e, por enquanto, não estão à disposição da comissão técnica.
Reuniões entre Cléber Xavier, o preparador físico Fábio Mahseredjian e os profissionais do Departamento de Saúde e Performance já foram realizadas para que a nova comissão técnica se inteire da situação individual de cada atleta que está sob cuidados médicos.
A única novidade para o confronto contra o time nordestino deve ser o retorno do lateral-direito Aderlan, recuperado de uma ruptura total do ligamento cruzado anterior (LCA) do joelho esquerdo.
Com isso, a provável escalação do Santos deve ter: Gabriel Brazão; Aderlan, Gil, Zé Ivaldo e Escobar; João Schmidt, Diego Pituca e Rollheiser; Gabriel Veron, Guilherme e Tiquinho Soares.
O início de uma nova era?
Cléber Xavier é reconhecido por sua experiência tática e pelo longo período de trabalho ao lado de um dos técnicos mais respeitados do futebol brasileiro. Sua chegada ao Santos representa o começo de um novo capítulo em sua carreira — e, quem sabe, o início de um novo ciclo de vitórias e conquistas para o time da Vila Belmiro.
Diretores e assessores do presidente Marcelo Teixeira apostam na antiga relação entre Neymar e os novos membros da comissão técnica como um ponto positivo para deixar o craque em boas condições.
A necessidade de se provar, somada ao frescor do novo desafio, pode servir como combustível para que Xavier consiga fazer no Santos aquilo que nenhum outro técnico conseguiu nos últimos anos.
Variação tática, criatividade e dinamismo devem ser as principais armas do novo comandante neste Santos que está se redesenhando. O tempo é curto e os desafios são enormes.
A nova comissão técnica terá muito trabalho até dezembro para recuperar o desempenho no Campeonato Brasileiro e fazer uma campanha minimamente consistente na Copa do Brasil. É isso que o torcedor santista espera.
Muito se questionou a falta de experiência de Cléber Xavier como técnico principal. No entanto, agora, com o contrato assinado, ele deve contar com o voto de confiança da torcida.
As recusas anteriores de outros profissionais e a urgência por uma solução imediata levaram o clube a apostar em uma alternativa, no mínimo, ousada — transformando o Santos em uma espécie de laboratório.
Pode dar certo? Claro que sim! E estamos torcendo por isso… Mas também pode não dar.
Resta, como sempre, aguardar para saber se será um acerto extraordinário ou um erro com consequências graves.
Glória ou tragédia? Vamos ver o que o futuro nos reserva.
 
																		 
																		 
																		 
																		 
															 
								 
								 
								 
								 
								